No
clima tropical da Califórnia, nos Estados Unidos, existe um tipo de pinheiro
que atinge até 100 metros de altura. Esses pinheiros são conhecidos como
sequoias.
Por
ser um lugar bastante quente, a Califórnia é palco de muitos incêndios durante
o ano. Obviamente, o lugar mais atingido por eles são as florestas, onde estão
os pinheiros.
Segundo
relatos, as sequoias podem passar e vencer vários incêndios sem perder a
vitalidade. Isso acontece porque elas têm uma casca muito grossa e resistente e
as chamas não conseguem penetrar-lhes o caule. Depois de passar um incêndio
muito forte, a árvore costuma ficar meio "doente",
"dolorida" e triste por mais ou menos 1 ano. Mas ela não morre.
Depois de um tempo ela volta a viver feliz.
Essas
árvores me inspiram porque tal como elas nós passamos por muitos e incontáveis
incêndios ao longo de nossa caminhada. Mas, ao contrário do pinheiro, não
aprendemos a desenvolver a nossa casca resistente para enfrentar esses dias de
chamas. O que faz as sequoias viverem depois de muitos incêndios, além da
grossa casca é a sua altura. Em busca de mais luz, elas vão se esticando e
podem chegar a 100 metros de altura. Dessa forma, o fogo consome seu caule, seu
tronco, mas não atinge sua cabeça, sua copa.
Pensando
nisso, começo a pensar em nós. Às vezes precisamos guardar nossa cabeça dos
incêndios. Se as nossas emoções, se o nosso coração, se o centro de nossa vida
estiver doente, vamos morrer. As sequoias sabem que se não esticarem seu tronco
à altura máxima, o fogo devora tudo, inclusive suas lindas e vivificantes
folhas. Mas nós ainda não aprendemos.
Precisamos guardar as nossas cabeças para que quando o vento do incêndio
chegar possamos estar em lugar seguro.
Os
incêndios vorazes que nos alcançam vez ou outra nos pegam muito de surpresa.
Somos, de repente, assolados pela sombra da solidão, da frustração, da dor, da
amargura, da traição. De uma hora a outra, vemo-nos no centro de um temporal de
fogo e ele chega às nossas bases. Corrói nosso caule. Às vezes atinge aquilo
que mais amamos, que mais estimamos e as perdas irreparáveis se tornam
inevitáveis.
Por
isso, precisamos ser como as sequoias: esticar nosso pescoço para o lugar mais
alto em busca de luz. Precisamos nos tornar elásticos a fim de não permitirmos
que as cinzas e os incêndios devorem a nossa cabeça, a nossa fé, a nossa
vontade de vencer. E a única coisa que podemos fazer para vencer esses
incêndios é CORRER PARA DEUS.
Autor: Anderson Cruz
Autor: Anderson Cruz
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