27/05/2016

Conhecendo o LIVRO DE GÊNESIS.


O LIVRO DE GÊNESIS

            I. Autor: Moisés.
            II. Tema: Começos.
            III. Data: Cerca de 1445 – 1405 a. C.
Gênesis ocupa a primeira posição entre os livros bíblicos de forma muito apropriada, pois serve de introdução básica a toda a Bíblia. A palavra hebraica para GÊNESIS é bereshith, que significa “no princípio”. O primeiro livro da Bíblia registra com exatidão a criação, os começos da história da humanidade e a origem do povo hebreu, assim como o concerto entre Deus e os homens, o povo hebreu, através de Abraão e os demais patriarcas. Jesus atestou, no N.T. (Novo Testamento) a fidedignidade histórica de Gênesis como Escritura divinamente inspirada (Mt 19:4-6, 24: 37-9; Lc 11:51). Os apóstolos também o testificaram em Rm 4; I Co 15.21, 22, 45-47; II Co 11:3; I Tm 2:13-14.
Historicamente, Gênesis continua sendo confirmado pelas descobertas arqueológicas modernas.



PROPÓSITOS

Ao escrever o primeiro livro da Bíblia, Moisés se propunha a prover um alicerce essencial para o restante do Pentateuco e para toda a revelação bíblica subsequente, ou seja, GÊNESIS serve como “pano de fundo” para os demais livros. O livro preserva o único registro fidedigno a respeito dos começos do universo, da humanidade, do casamento, do pecado, das cidades, dos idiomas, das nações, de Israel e da história da redenção. Foi escrito de acordo com o propósito de Deus, a fim de dar ao seu povo, segundo o concerto tanto do A.T quanto do N.T, uma compreensão fundamental de si mesmo, da criação, da raça humana, da queda, da morte, do julgamento, do concerto e da promessa da redenção através do descendente de Abraão: Jesus Cristo
Características Especiais
Gênesis tem sete características que o distinguem:
  1. Foi o primeiro livro bíblico a ser escrito (com a possível exceção do livro de Jó).
  2. A história de Gênesis abrange um período de tempo maior do que todo o restante da Bíblia e começa com o primeiro casal humano, dilata-se, abrangendo o mundo antediluviano e a seguir limita-se à história do povo hebreu, o qual conduz à redenção até o final do A.T.(Antigo Testamento)
  3. Bereshith revela que o universo material e a vida na terra são categoricamente obras de Deus e não um processo independente da natureza. Deus é sujeito de todos os verbos que indicam ação, aparecendo cerca de 50 vezes em Gênesis.
  4. Gênesis é o livro das primeiras coisas.
  5. O concerto de Deus com Abraão, que começou com a sua chamada é de importância máxima em toda a Bíblia.
  6. Somente o primeiro livro do Pentateuco explica a origem das 12 tribos de Israel.
  7. Revela como a descendência de Abraão se fixou no Egito, por 430 anos e, assim, prepara o caminho para o êxodo, o evento redentor central do A.T.
FATOS MAIS IMPORTANTES DO LIVRO DE GÊNESIS
I. A Criação - caps. 1 e 2.
O Grande Arquiteto do Universo completou a criação em seis dias e descansou no sétimo. A criação obteve a seguinte ordem.
1º dia – luz. 4º dia – luminares ou corpos celestes
2º dia - ar e água. 5º dia - aves e peixes.
3º dia - terra e plantas. 6º dia – animais e homem.
O homem é a coroa da criação e depois de tê-lo criado, Deus declarou que tudo era muito bom.
O Segundo capítulo de Gênesis mostra como Deus preparou o primeiro lar para o homem, como realizou a primeira cerimônia de casamento e como colocou as duas árvores no jardim, fatos que ensinam a Adão que se ele e sua mulher escolhessem o bem e recusassem o mal, sempre comeriam da árvore da vida; em oposto, morreriam.
II. A Queda - cap. 3
No capítulo 3 de Gênesis observamos o seguinte:
a) A possibilidade de tentação - A árvore do bem e do mal foi posta no jardim a fim de que o homem fosse experimentado e aprendesse a servir a Deus por sua livre vontade.
b) O autor da tentação - A antiga serpente, o diabo.
c) A sutileza da tentação - A serpente conseguiu colocar a dúvida na mente de Eva.
d) O êxito da tentação - Adão e Eva desobedeceram a Deus e tornaram-se conscientes da culpa.
e) O primeiro juízo
Ø Sobre a serpente - degradação
Ø Sobre a mulher - sofrimento e submissão ao homem.
Ø Sobre o homem - trabalho árduo até a sua morte, num solo cheio de espinhos.
Ø Sobre o homem e seus descendentes - exclusão da árvore da vida no paraíso de Deus.
f) O primeiro anúncio de salvação - Deus imolou a primeira vítima do sacrifício para que o homem cobrisse a sua vergonha. Da mesma forma, o sangue de Jesus nos cobre de todo o nosso pecado.
III. A primeira civilização - cap. 4
1. A história de Caim – Mostra como o pecado tornou-se hereditário e conduziu ao primeiro homicídio. (Cf.: I Jo 3:12)
2. A história de Abel - Ensina como aqueles que participam da culpa e do pecado de Adão podem ser aceitos na presença de Deus, por meio de um sacrifício expiatório.
3. A primeira civilização - Caim tornou-se fundador de uma civilização que incluía uma cidade, agricultura, atividades manufatureiras e artes. O caráter dessa civilização foi marcado pela violação do matrimônio e pelo espírito de violência (Vrs 19 – 24).
4. O nascimento de Sete - Após a morte de Abel, Caim foi rejeitado e a promessa de redenção passou a Sete, terceiro filho de Adão. (v. 25 e 26)
IV. O Dilúvio - caps. 5 - 9
Duas classes de homens habitavam o mundo agora: os ímpios, caimitas e os piedosos, setistas (v 25 e 26). Mas Sete se uniu em matrimônio com os caimitas, o que resultou em um estado de impiedade na terra, exigindo o juízo de Deus.
Dos descendentes de Sete, somente a família de Noé permaneceu fiel a Deus. Ele, então, tornou-se o escolhido por meio de quem a promessa de redenção continuou o seu caminho até o seu cumprimento. (Gn 5.29 e 6.8)
Entre os capítulos 5 e 9, encontramos os seguintes fatos:
1. A genealogia de Noé - cap. 5
2. A construção da Arca - cap. 6
3. A entrada na arca - cap. 7
4. A saída da arca - cap. 8
5. O pacto de Deus com Noé - cap. 9
Deus destruiu o mundo por meio do Dilúvio e começou uma nova raça com a família de Noé. Prometeu que a terra nunca mais seria destruída por um dilúvio novamente e pôs o arco-íris como sinal desse pacto, renovando uma instrução dada a Adão: povoar a terra. Deus, então, proíbe o assassinato (9:6), e delega autoridade ao homem para governar os seus semelhantes e punir o crime.
V. A dispersão das nações - caps. 10 e 11
Sobre os seus três filhos (Gn 9:28 – 27), Noé declara o futuro:
· Para Cam -Maldito seja Cam: servo dos servos seja aos seus irmãos”. Essa profecia foi cumprida, já que a descendência de Cam, os egípcios, foi castigada com diversas pragas, a terra de Canaã foi entregue por Deus aos israelitas 800 anos mais tarde, sob o comando de Josué, que destruiu muitos e obrigou o resto a fugir, alguns para a África e para outros países.
· Para Jafé – “Amplie Deus o seu território”. Essa profecia se cumpriu no vasto território de sua propriedade - todas as ilhas e países do oeste.
· Para Sem -Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem!” – Da tenda de Sem surgiria o Messias. A adoração ao Deus verdadeiro seria preservada entre a sua descendência e os judeus seriam a posteridade de Sem.
VI. O Patriarca Abraão - caps. 12 – 25
A promessa de Gênesis 3.15, que Deus estabeleceria um redentor, passou a Abraão. O Senhor separou-o do seu ambiente pagão e, além de promessas pessoais fez-lhe as seguintes promessas nacionais e universais. (Gn 12.1 -3)
a) Que lhe seria dada uma terra - Canaã
b) Que ele seria o pai de uma nação - Israel
c) Que, por meio dessa geração em sua terra, todas as nações da Terra seriam abençoadas.
Dessa forma, o redentor prometido em Gênesis 3.15 viria da descendência de Abraão.
Abraão era um homem de fé, uma fé que foi testada desde a época em que foi chamado até quando Deus lhe ordenou que sacrificasse o seu filho Isaque, por isso ele foi justificado pela fé.
Sobre a vida de Abraão, temos:
a) Sua chamada para ir a Canaã – cap.12. 1-5
b) A descida ao Egito e os acontecimentos na região - cap. 12. 10-20
c) A separação de Ló e a libertação subseqüente de seu sobrinho do cativeiro – caps. 13.5-11 e 14.14
d) O recebimento do pacto de Deus e a sua justificação pela fé - cap. 15.6 e 18
e) A circuncisão como sinal de pacto – 17:9-14
f) O anúncio do nascimento de Isaque – 17:15-19 e 18:1-15
g) A intercessão a favor de Sodoma - 18:23-33
h) A despedida de Hagar e Ismael – 21.14
i) O oferecimento de Isaque – cap. 22
j) A escolha de uma esposa para Isaque - cap. 24
k) Os filhos de Quetura - 25.1-4
l) Sua morte – 25.8
VII. Isaque - caps. 17 – 35
Abraão teve dois filhos, Ismael e Isaque. Este foi escolhido como herdeiro da promessa.
A vida de Isaque é calma e sossegada e muito diferente da de seu pai. Ele foi, no entanto, como fora seu pai: um homem de fé e um instrumento de bênção.
FATOS IMPORTANTES SOBRE ISAQUE
1. A promessa de seu nascimento feita a Abraão e a Sara - 15:4 e 17.19
2. Amarrado sobre o altar do sacrifício – 22.9
3. Abraão escolhe uma esposa para ele – cap. 24
4. Deus aparece para ele e renova o pacto feito com seu pai – 26.2-5
5. Enganado por Jacó – 27.18
6. Sua morte - 35.28,29
VIII. Jacó – caps. 25 – 35
Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Este foi rejeitado e aquele foi escolhido como portador da bênção (25.23). O caráter de cada um deles revela a atitude deles diante da promessa.
Sobre Jacó, temos:
  1. Comprou a primogenitura de seu irmão – 25.33
  2. Enganou o pai – 27.18-27
  3. A fuga para Padã- Arã – 27. 43 e 28.5
  4. A visão e o voto – 28.10
  5. Suas transações com Labão – cap. 31
  6. A luta com um anjo – 32.24
  7. A reconciliação com Esaú – cap. 33
  8. A descida ao Egito e o encontro com José – cap. 46
  9. Sua morte e sepultamento – 49.33-50
Jacó é o verdadeiro pai do povo escolhido, porque dele nasceram 12 filhos, os quais se tornaram os cabeças das 12 tribos.
Com a vida de Jacó, podemos aprender:
  1. O poder da graça de Deus
Jacó era tudo quanto significava seu nome - suplantador, enganador, usurpador. Os laços de família não foram barreira para seus ardis, pois o próprio pai e o irmão foram vítimas de sua astúcia. Mas por meio do pecado de Jacó, Deus viu o brilho daquilo que tem sido comparado ao outro puro: a fé. Junto ao ribeiro Jaboque, a graça de Deus travou uma batalha com Jacó e, na luta, o pecaminoso Jacó morreu. Do seu túmulo, porém, nasceu uma nova criatura: Israel, um vencedor com Deus e com o homem.
  1. O grande valor que Deus dá a fé.
Apesar de os ardis de Jacó para obter a primogenitura de seu irmão serem inescusáveis, o seu desejo sincero de obtê-la demonstrou seu apreço pelas coisas espirituais. Para ele, a primogenitura trouxe a honra de ser o progenitor do Messias, e seu veemente anelo por essa honra bem pode ser considerado com a expressão de fé naquele que havia de vir. Foi essa fé que lhe deu preferência perante Deus sobre seu irmão Esaú, que, embora fosse, em muitos sentidos, um homem mais nobre do ele, demonstrou uma falta de apreço pelos valores espirituais, vendendo, por um prato de lentilhas, o direito de ser o progenitor do “Desejado de todas as nações”.
  1. “O que homem semear, isso também colherá” - Gl 6.7
O tio de Jacó, Labão, foi um instrumento de correção para disciplinar Jacó. Este enganou muitos e por diversas vezes foi enganado por aquele. Encontrou em seu dia um espelho em que re refletia a sua própria astúcia.
IX. José - caps. 37-50
José era um jovem de 17 anos, favorito de seu pai, Israel, a quem abertamente manifestava seu afeto e apreço, causando a inveja dos outros filhos. José também era favorecido pelo Senhor, que lhe revelou, por meio de sonhos, que ele reinaria sobre os outros membros da sua família. Isso enfureceu seus irmãos, que o venderam para o Egito. Depois de muitos problemas, tentações e anos de espera para o cumprimento da promessa, foi elevado a vice-governador da terra egípcia. Quando vieram os seus irmãos para comprar cereais e se inclinaram diante dele, os sonhos de José realizaram-se.
Sobre José, aprendemos:
  1. Era amado por seu pai – 37.3
  2. Invejado por seus irmãos – 37.4
  3. Vendido aos ismaelitas – 37.18-36
  4. Favorecido pelo seu senhor – 39.1-6
  5. Tentado pela esposa de seu senhor - 39.7-19
  6. Encarcerado por Potifar – 39.20-41
  7. Elevado pelo faraó – 41.1-44
  8. Não reconhecido por seus irmãos na primeira vez em que estiveram no Egito. 42.7-44
  9. Revelado a seus irmãos no segundo encontro – 45.1-15
  10. Reencontro com seu pai, Jacó – 46.28-34
  11. Sua morte – 50.22-26
Autor: Anderson Cruz -
Bibliografia: Através da Bíblia Livro por Livro de Myr Pelman e Bíblia de Estudo Pentecostal.

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