23/05/2011

A decadência da Informação

Quinta-feira, 19 de maio de 2011, 23:30 horas.
Assistindo ao Programa Superpop da REDE TV na última quinta feira, pude comprovar como a nossa TV está sem qualidade, sem conteúdo, vazia e “desedificante”.
Não costumo assistir a Luciana Gimenez porque não vejo nela nada que acrescente conhecimento ao  meu crescimento seja intelectual, social ou de qualquer outro nível, mas o tema do programa me chamou a atenção: o debate em torno da homofobia.
O debate era sobre a questão gay. Um pastor, um deputado, dois homossexuais, um cantor e um transsexual. O debate já começou com um show de falta de educação: O dito pastor não sabia falar direito: apresentava conceitos biblicamente corretos, mas não tinha autoridade para argumentar porque lhe faltava conhecimento. O homossexual, de cujo nome não me recordo, levantava a voz, como estivesse num ringue de vida ou morte, tentando se sobrepor ao pastor que, por sua vez, se valia de um discurso muito fraco em argumentos para convencer quem quer que fosse.
A Luciana, coitada, não tem capacidade para mediar um debate de tamanha envergadura porque ela só sabe rir. Os homossexuais usavam um discurso pronto que nada acrescentava aos ouvintes. A  mulher homo, de cujo nome não me lembro, usou uma frase tola: “a Bíblia é a palavra do homem porque a palavra de Deus está no meu coração”. Ledo engano. Se a palavra de Deus estivesse no seu coração você seria transformada por ela. Incrível como algumas pessoas dizem crer em Deus, mas sempre se escondem de seguir os seus preceitos. É fácil crer em Deus e se esquivar da responsabilidade de andar com Ele ou, ainda, adaptá-lo às nossas vontades, em vez de nos moldarmos segundo os seus mandamentos.
O Bolsonaro só fala asneira:  nada do que ele fala acrescenta algo. Afirmava categoricamente que era contra isso contra aquilo, que isso não era certo, que aquilo outro estava fora da normalidade. O show de falta de educação se tornou ainda mais manifesto quando dois debatedores tiveram de se levantar para falar porque sequer eram civilizados o suficiente para esperar um falar para falar depois. E depois dizem que a escola deveria se ocupar de ensinar os jovens e adolescentes a respeito das questões homo, mas ela não tem conseguindo, sequer, ensinar a ler e a escrever, haja vista a grande quantidade de analfabetos funcionais que temos hoje.
A Luciana tentou várias vezes desmerecer o Bolsonaro. Incrível é como o cara ainda tem coragem de participar de um programa tão deprimente. Na verdade, eu nem sei quem é mais deprimente: a Luciana Gimenez, vazia como uma caixa d’água no sertão nordestino; ou o Bolsonaro que insiste em demonstrar total falta de capacidade de discutir um assunto civilizadamente. Dizer que é contra, que é errado, que é feio etc., não ajuda em anda a resolver o problema da homofobia, que é um problema de saúde, segurança, religião etc. Precisamos respeitar os homossexuais, mesmo sendo contra a prática delas, da mesma forma como os cristãos devemos aceitar e respeitar os fieis de outras religiões. Temos, como cristãos, o direito de pregar a nossa fé, mas não temos o direito destratar, maltratar, injuriar ou desrespeitar as pessoas somente pelo fato de elas terem uma escolha sexual, ainda que errada, diferente de minha.
Os professores deveriam informar aos adolescentes que pessoas do mesmo sexo se amam? Claro que não!! Mais uma tentativa de responsabilizar a educação por uma sociedade depravada. O professor sequer consegue ensinar os conceitos de português e matemática. Onde as crianças vão aprender sobre o assunto? Vão aprender com os pais. A escola não é o local ideal para se discutir a questão porque ela não está preparada para isso. A escola precisa antes descobrir seu papel. Se a escola fosse ensinar sobre isso haveria um grande problema: a maioria dos professores é hetero. Os homo continuariam sendo discriminados.
A População aprova a questão gay? O fato de a população aceitar ou aprovar não significa que eu tenha de fazer o mesmo, pois eu posso pensar e agir  diferente da sociedade. Se eu fosse considerar as opiniões da sociedade para formular os meus conceitos, certamente, não teria os valores que eu tenho.
- “O amor é lindo”,-  disse a Luciana e eu concordo. Mas o amor nem sempre é sinônimo de sexo. O amor passa por respeito, mas o gays não querem respeitar o direito dos heteros de serem contra a prática homo.
Mas o SUPERPOP,  ou melhor, SUPERCHOQUE, que de SUPER só tem a grande quantidade de asneira dita, teve um fruto digno: me fez pensar sobre o tal kit gay do Ministério da Educação.
O nosso querido MEC deveria se chamar MINISTÉRIO DA ENGANAÇÃO DA CULTURA porque não é de hoje que vem tentando fazer com que a população engula estratégias de ensina, metodologias, orientações curriculares completamente sem levar em conta as reais necessidades da criança e do adolescente brasileiros.
Temos, no Rio de Janeiro, uma demonstração de como o MEC é ineficiente: o material escolar oferecido pela Prefeitura do Rio é uma verdadeira arma contra a vontade de estudar que os alunos deveriam ter. O material é chato, os textos são enormes e fora do cotidiano do aluno, as perguntas são extensas demais. Os alunos não gostam de lê-lo, de resolver suas questões porque sabem que ele não serve para motivar o conhecimento, mas tem efeito contrário.
Agora o MEC está inventando o KI GAY. Nada contra os gays, mas tudo contra qualquer iniciativa de me fazer engolir o que dizem ser correto. Eu sei que o que devo ter como correto. Eu devo, em conjunto com minha família, meus amigos e minha fé, formular meus conceitos, sabendo respeitar os outros, mesmo que não aceite todas as suas práticas.
Uma coisa é não tolerar a homofobia. Outra coisa é querer que eu veja tudo o que está acontecendo no mundo como natural, normal. Não é! Pode ser para tudo mundo, mas para mim não é. O KIT GAY é uma vergonha por vários motivos. Um deles é o fato de impor a todos os professores a aceitação da prática homossexual, em vez de fazê-los respeitar quem a pratica. Não quero ensinar a meus filhos que a transexualidade seja algo natural porque não é, mas quero ensiná-lo a respeitar as pessoas, independentemente de qualquer situação. Respeitar fala de vê-lo como pessoa, mas tendo clara consciência de que a escolha que ele fez não significa que seja completamente perfeita.
O MINISTÉRIO DA ENGANAÇÃO DA CULTURA deveria investir os 3 milhões gastos na confecção do KIT, que logo depois o HADDAD disse que ainda nem foi aprovado, no aumento  dos salários dos professores, em campanhas de leitura, para acabar com o analfabetismo funcional. É nessas horas que me pergunto? COMO O MEC INVESTE TANTO DINHEIRO EM ALGO QUE NEM ELE MESMO TEM ORGULHO DE MOSTRAR?
Hoje fico pensando: Sempre sonhei em ser professor, em servir de canal de  transformação para meus alunos. Preparei-me para isso. Fiz o CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, estudei letras. Amo o que faço. Gosto de mostrar aos meus alunos como o saber da transforma, e tenho plena consciência da importância que tem um professor na vida de um aluno, mas estou desistido de ser professor. Não é nem pelo salário, a prova de que a educação não tem valor algum para nossos governantes. Também não é pela superlotação das salas,  nem pela violência, que mostrou suas garras na morte dos 12 sonhos na Escola Tasso da Silveira em Realengo. A minha desistência se deve ao fato de que não mais poder ensinar aos meus alunos o que penso da vida, aquilo que aprendi na escola, na faculdade, na igreja, em casa. Se eu for proceder como o MEC quer, eu deveria, primeiro, me trair, Negar meus valores, que não homofóbicos, pois lido bem com muitos homossexuais e nunca tive problemas com ele. Para agir segundo a indicação do MEC eu teria de ensinar aos meus alunos o que a sociedade, que está desorientada em suas escolhas, quer, acha normal. Terei de ensiná-los algo em que não acredito, que eu acho errado. Isso eu não farei, pois quando assim o fizer, estarei negando tudo em que acredito e traindo minha profissão: formar cidadãos pensantes, e não pessoas manipuláveis, que agem de acordo com o que alguns acreditam, mesmo que, para isso, tenha de negar todos os seus valores.

3 comentários:

Wladimir Amazonas disse...

Realmente não somente esse programa, mais a nossa mídia está um caos. O que eles tentam é manipular o conteúdo através de temas. Isso para confundir as mentes das pessoas, mais infelizmente é o princípio do fim, não temos para onde correr, as coisas terão que acontecer.

Deixa um vídeo que postei no meu site, sobre o tema PL 122 com o Pr Silas no Programa do Ratinho

Abraços

Nágila souza disse...

Nossa meu caro irmão você disse tudo,concordo com você,e esse dito pastor que foi no (super nada) foi sem argumento agora resta saber se pagaram ele para esconder a verdade lá e passar a mão na cabeça dessas pessoas que precisam de Jesus,é uma vergonha na verdade,mas se cada servo de Deus se manifestar contra mas respeitando que acredito que muitas coisas serão evitadas.

Anônimo disse...

Olá muito bom seu blog ja estou seguindo. Tenha uma semana muito abençoada na paz de Deus.
www.blogandodemadrugada.blogspot.com