24/08/2016

Hey, Cristão, cadê os 100%?

Desde que o jovem Neymar colocou uma faixa em sua cabeça com os dizeres “100% JESUS”, depois de ter levado o ouro no futebol masculino nos Jogos Rio 2016, vejo a rede bombardeada com todo tipo de comentário a respeito do episódio!

Já li gente metendo o malho, dizendo que ele não é digno de carregar tal faixa, pois vive mergulhado na promiscuidade, safadeza e  outros pecados, na visão de alguns, ainda mais graves e que causam vergonha aos santarrões do evangelho das aparências.


Para desmoralizar o rapaz e condenar sua atitude, teve até gente vasculhando sua vida pessoal, procurando pecados que pudessem justificar sua indignidade para “ostentar” tão santos dizeres.
Talvez tenham feito isso na tentativa de buscar respaldo para suas condenações moralistas e colocarem-se degraus acima do terrível pecador Neymar, que deve milhões em impostos, teve filho antes do casamento, já dormiu sabe lá Deus com quantas mulheres.

Não quero aqui justificar os erros do rapaz, mas quero, isto sim, chamar a atenção para a tamanha hipocrisia que vejo em alguns crentes de hoje. Condenamos o rapaz e o classificamos como pecador demais para divulgar o nome de Jesus para bilhões de pessoas! Ele poderia ter colocado qualquer faixa como: Viva a prostituição! Viva os LGBTS! Viva o rock in roll! Viva o mundo e seus prazeres! 100% farra! 100% Alá! 100% qualquer outra coisa!”.

Mas não! Ele apontou para Cristo, talvez por lá fundo saber que precisa dele, que precisa se arrepender de seus pecados e voltar-se para aquele que tem poder para salvar, curar e libertar.
O que me espanta não são comentários críticos e, até pejorativos, em relação a ele! Não estou aqui para defendê-lo, até porque, tirando seu futebol, ele não tem muita coisa para apresentar! Estou aqui, isto sim, para dizer que precisamos de mais espelhos em nossas igrejas. Espelhos para que possamos olhar para nós, apontar o dedo para nós mesmos e ver que somos tão indignos quanto ele, afinal não fomos salvos e amados por sermos dignos.

Infelizmente, parece que se esqueceram de que Jesus não morreu na cruz pelos dignos, mas pelos rejeitados, pelos incrédulos e pelos tão pecadores quanto eu.

No amor de Cristo
Anderson Cruz

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