26/03/2010

A Páscoa Cristã



Aproxima-se novamente a comemoração da Páscoa. Esta sem dúvidas é a celebração mais importante da cristandade, mas devemos tomar cuidado com alguns detalhes que têm trazido paganismo para esta festa.
1. Introdução
Ao contrário do que se faz no Natal, muitas Igrejas Evangélicas, nos tempos atuais, praticamente ignoram a Páscoa, quando na verdade ela é que deveria ser a comemoração máxima e não o Natal, vejamos o porque:

  1. Natal simboliza o nascimento de Cristo, no entanto não existem dados concretos que nos garanta qual foi a data exata do Nascimento de Jesus, sabe-se ao certo que não foi em Dezembro, pois este é um mês frio e os pastores não estariam nos campos com seus rebanhos.
  2. Já a Páscoa é uma data marcada, todos desde a antiguidade judaica sabiam e sabem ao certo quando é a Páscoa. Por este motivo temos a certeza de que os eventos relacionados à Páscoa realmente estão sendo comemorados na data certa.
  3. O Natal simboliza Jesus bebê. Esta é uma das mais importantes versões que fazem com que o catolicismo queira endeusar Maria que cuidava do “pobre e indefeso nenezinho”.
  4. Já a Páscoa simboliza a vitória de Jesus sobre a morte e o resgate de nossas vidas para Deus. A Páscoa é o fim para o qual houve o Ministério de Jesus na Terra. É a comemoração da nossa salvação através do Sangue do Bendito Cordeiro derramado por nós na cruz do Calvário e a Ressurreição vitoriosa que mostra-nos que Ele tem poder maior do que tudo mais, inclusive a morte.
Por todos estes motivos, e muitos mais, as Igrejas deveriam comemorar a Páscoa com muito mais ênfase do que o Natal.
No entanto, é importante ressaltar aqui que devemos conhecer melhor o que estamos comemorando.
A Páscoa Cristã teve sua origem na celebração hebraicaPessach ( פסחא ), significando passagem e veio para o português através do grego Πάσχα .
A Pessach também é a festa máxima da tradição judaica, pois representa o evento que ocorreu há 3500 anos, quando, de acordo com a Torah (Pentateuco), Deus enviou as Dez pragas sobre o povo do Egito. Antes da décima praga, Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos.
Chegada à noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas amargas (como o rábano, por exemplo). À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó, mas não tocou nas casas que estavam marcadas com o sangue do cordeiro. Então o Faraó, temendo ainda mais a Ira Divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo.
Como recordação desta liberação, e do castigo de Deus sobre Faraó foi instituído para todas as gerações o sacríficio de Pessach que deve ser executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico. (Êxodo 12).
O mês de Nissan começa no dia do início da Primavera em Israel, assim sendo, seria no dia 20 de março para o nosso calendário. Desta forma, o Pessach seria comemorado no dia 3 de Abril.
2. O Nome da Festa

Deusa Eoster de onde vem o nome em inglês da Páscoa (Easter) e a tradição de se fantasiar com orelhas de coelho
Apesar de no português usarmos a palavra Páscoa que vem diretamente do original em Hebraico, em inglês e em alemão a origem da palavra é outra. O “Easter” e “Ostern” (inglês e alemão respectivamente) mostram a origem pagã destes nomes ao compararmos com o nome nas mesmas línguas da deusa pagã da fertilidade: Eostre em inglês e Ostera em alemão.
Esta óbvia conexão entre os nomes em outras línguas e o nome da deusa pagã também faz com que entendamos a origem de algumas “tradições da Páscoa”.
3. Tradições Verdadeiras da Páscoa
A Páscoa deve ser celebrada exclusivamente como a Ressurreição de Jesus Cristo. Uma das melhores tradições que devemos alimentar é a tradição do Culto da Ressurreição que é uma reunião no raiar do domingo de Páscoa em que vamos a Igreja em Jejum e fazemos uma celebração alegre com muitos cantos, muita alegria e uma mensagem de Vida em Jesus.
1ºCoríntios 5:7B …Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
Esta deveria ser a maior de todas as tradições da Páscoa, no entanto, muitos evangélicos não participam desta prática. Esquecem que assim como a tradição judaica fala de um cordeiro morto que tinha que ser sem defeito, para resgatar o povo Judaico do julgo da escravidão Egípcia. Jesus é o bendito cordeiro que, sem defeito e sem pecados, foi morto para resgatar todo aquele que NELE crer do julgo da escravidão do Pecado. Porém, Jesus, ao contrário dos cordeiros judaicos, pode fazer isto de uma vez por todas, ao vencer a morte e nos dar a vida eterna!
4. Tradições Judaicas da Páscoa
Estão bem claras na Bíblia quais são as tradições judaicas da Páscoa.  A cada geração cada judeu deve se enxergar como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito:
Êxodo 12: 26-27 E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
As verdadeiras tradições judaicas seriam:
Êxodo 12: 18-22 No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos. Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa. Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã.
5. Falsas tradições Judaicas da Páscoa
Devido a toda superstição e religiosidade embutida neste povo hoje em dia a Páscoa virou um ritual feito por todos os judeus da seguinte forma:
  • Kadesh (קדש – santificação) – Recitação do kidush (קידוש, literalmente, “texto de santificação” ) e a ingestão do primeiro copo de vinho.
  • Urchatz (ורחץ – lavagem) – Lavagem de mãos.
  • Karpas (כרפס) – Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada. Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .
  • Yachatz (יחץ – divisão da matzá) – A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman .
  • Maguid (מגיד – conto) – Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição do Pessach. Inclui a recitação das “Quatro perguntas” e bebe-se o segundo copo de vinho.
  • Rachatzá (רחצה – lavagem) – Segunda lavagem de mãos.
  • Motzi Matzá (מוציא מצה)- O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot .As matzot são partidas e distribuídas.
  • Maror (מרור -raiz forte) – São comidas as raízes fortes relembrando a escravidão e o sofrimento dos judeus no Egito.
  • Korech (כורך -sanduíche) – Faz-se um sanduíche com a matzá, maror e charosset.
  • Shulchan Orech (שולחן עורך)- É realizada a refeição festiva.
  • Tzafon (צפון – escondido) – Aqui é comida a matzá que havia sido guardada.
  • Barech (ברך – Bircat HaMazon) – É recitada a benção após as refeições.Bebe-se o terceiro copo de vinho.
  • Halel (הלל -louvor) – Salmos e cânticos são recitados. Bebe-se o quarto copo de vinho.
  • Nirtza (נירצה – ser aceito) – Alguns cânticos são entoados e têm-se o costume de finalizar o jantar com os votos de LeShaná HaBa’á B’Yerushalaim – “Ano que vem em Jerusalém” como afirmação de confiança na redenção final do povo judeu.
Estas tradições nada tem em comum com a verdadeira celebração da Páscoa Judaica, no entanto, pelo incrível que possa nos parecer, muitos cristãos estão adotando este ritual místico como parte das celebrações da Páscoa, negando assim todo real significado da Páscoa Cristã.
6. Tradições Pagãs na Páscoa:
Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países europeus e americanos este hábito ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto este costume não e citado na Bíblia, nem nada parecido. Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre (ou Ostera) é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e na mitologia germânica. A primavera, as lebres e os ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a esta tradição pagã.
Os ovos eram escondidos após a pintura das runas e todos os que se encontravam simbolizavam as runas que deveriam ser lidas e assim faziam a consulta da sorte para aquele ano.
A lebre (e não um coelho) era o símbolo máximo desta festa pagã. As sacerdotisas de Eostre eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. É claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que:
“Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”

Eostre dando os ovos a Lebre
que é a versão original desta rima tão comum hoje em dia e até cantada por crianças inocentes que assim estão louvando esta deusa pagã da fertilidade.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. (logo após o início da primavera do Hemisfério Norte). Destes cultos pagãos originou-se a Easter (Páscoa em inglês) que foi absorvida e misturada nas comemorações judaico-cristãs.
O festival de Eostre era celebrado começando na sexta-feira do sangue, onde a lebre era sacrificada e suas entranhas eram abertas para que as sacerdotisas de Eostre pudessem ler a sorte para aquele novo ano.
Deste dia até o dia 30 de Março eram realizadas cerimônias de orgias públicas no meio das florestas para que Eostre pudesse trazer vida (literalmente gerar bebês) para a população.
No dia 30 de Março acendiam fogueiras e pulavam sobre o fogo para assim dedicar aquela nova vida à deusa Eostre.
7. Tradição do Chocolate:
O chocolate foi introduzido na Páscoa em 1502 quando a esquadra de Colombo chegou na ilha de Guanaja, habitada pelos astecas que eram um povo místico e altamente religioso.

Astecas dando xocoatl a Colombo por achar que ele era um deus
Dentre os Astecas o Chocolate (xocoatl = do náuatle xococ “amargo” + atl “água”) era a bebida derivada do cacau dedicada aos deuses. Como este povo ao avistar os europeus de cabelos e pele clara, que “flutuavam sobre as águas” com grandes asas brancas (referência as velas), acreditou serem os deuses chegando eles ofereceram esta bebida aos invasores e isto caiu no gosto de Colombo e seus comandados e assim o chocolate foi levado para a Europa.
Por seus efeitos afrodisíacos o chocolate esté geralmente associado ao prazer sensual em seu consumo. Além do mais, a natureza doce e gordurosa do chocolate estimula o hipotálamo, induzindo sensações prazeirosas e elevando o nível de serotonina. Devido a este fato ele foi logo associado a deusa da Fertilitade ou Eostre, passando assim a ser a bebida do festival de Eostre.
8. Tradições Católicas

O Catolicismo prefere fixar a imagem de Cristo morto do que DELE ressurreto
O Catolicismo também incluiu outras tradições anti-bíblicas na Páscoa como a ingestão somente de peixe na sexta-feira santa e no sábado de aleluia. Ocorre que o peixe é o símbolo antigo do cristianismo que sempre foi usado por todos os cristãos, inclusive os romanos de antes de Constantino, isto remete-nos ao verdadeiro simbolismo disto que é o de eles estarem devorando o verdadeiro cristianismo, matando-o e eliminando-o.
Também a grande valorização de Jesus morto na cruz ao invés do Túmulo Vazio faz com que tenhamos uma imagem contrária ao verdadeiro sentido da Páscoa. Ocorre que Jesus não morreu na Páscoa e sim na Sexta-Feira anterior a Páscoa, no entanto o que nós cristãos devemos celebrar é a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus. Devemos, portanto, comemorar e celebrar a cruz vazia, o túmulo vazio e o Jesus Vivo que superou até a morte.
9. Conclusão
Todos os verdadeiros cristãos devem celebrar a Páscoa como símbolo máximo de nossa fé cristã. Temos que comemorara a ressurreição e a vida que Jesus nos concedeu. O túmulo está vazio! Aleluia!
Temos em Jesus o cordeiro de Deus que nos resgatou do julgo de Satanás que nos aprisionou no pecado. A Páscoa nos lembra que Jesus tomou para si as chaves do inferno e da morte vencendo de vez o diabo de uma vez por todas. Da sepultura saíu, com triúnfo e glória ressurgiu! Glória a Deus!
Lembremo-nos de retirar todo paganismo da nossa Páscoa e Celebrar a Verdadeira Páscoa que é celebrar a Jesus Poderoso e VIVO!
Efésios 2:4-6 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo ( pela graça sois salvos ), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

Fonte: Mantenedores da Fé. 

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