21/08/2010

História e Arqueologia Bíblia: O Sudário de Turim


O MANTO QUE ENVOLVEU O CORPO DE CRISTO


Segundo a Bíblia no Evangelho de João 19.38, José de Arimatéia, discípulo de Jesus,  arrematou o corpo de Jesus depois de sua morte e o envolveu em pano de linho puro. O pano mede 4 metros e 36 cm de comprimento e 1,10 de largura e traz impressa uma figura de um homem que foi executado conforme a descrição da Paixão de Cristo. As marcas do suplício estão delineadas na superfície do Sudário.


O Sudário de Turim já foi investigado por diversos cientistas que afirmam que "olhando para o lençol, a olho nu, é difícil distinguir os detalhes da imagem, quase fantasmagórica, que vai se desvanecendo até se converter numa mancha imprecisa, à medida que nos aproximamos do lençol, de tal forma que a alguns centímetros de distância só se pode distinguir a diferença de áreas com imagem e áreas sem imagem. No entanto, ao observarmos o Sudário a quatro ou cinco metros de distância, todos os seus detalhes podem ser perfeitamente percebidos". 

Relatos de vários cientistas que investigaram o manto mostram que a imagem é incrivelmente superficial, afetando em profundidade apenas as duas ou três primeiras fibras de um tecido formado por 100 a 200 fibras. Segundo as investigações a figura não é uma pintura, já que não há nenhum vestígio de pigmentos. A imagem parece mais um negativo perfeito.

CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DO SUDÁRIO

Os cientistas já confirmaram, pelos estudos diversos, que o homem da imagem do Sudário de Turim media 1,81 m e pesava 80kg, sendo por muitos considerado o protótipo do homem perfeito.

O Homem do Sudário apresenta um golpe sobre o nariz e o pômulo direito (João 18.22). A imagem confirma, ainda que o homem que ali estivera, fora coroado com uma coroa de espinhos, uma espécie de capacete que cobria toda a nuca. Apresenta, também, marcas de flagelação com um chicote romano, de duas tiras de couro, com bolas de chumbo nas pontas. Segundo a imagem, o indivíduo que ali estivera envolto recebera cerca de 120 açoites com o flagrum.

Os cientistas já comprovaram também que o homem que fora envolto na mortalha era certamente um judeu, já que a imagem dorsal revela o cabelo preso numa trança que pendia, entre os omoplatas, até o meio das costas  - o penteado dos rabinos da época. Segundo o historiador britânico Ian Wilson, "essa é a características mais surpreendentemente judaica do Santo Sudário”.

Dessa forma, praticamente todas as evidências do Sudário confirmam a vida e morte de Jesus, exceto uma: a datação da imagem com carbono 14 revela que ela fora feita entre os anos 1200 e 1300 d.C, o que contradiz ser o Mestre da Galiléia que estivera ali envolto na mortalha. Contudo, muitos cientistas discordam da datação e muitas coisas ainda serão investigadas para se chegar a uma conclusão mais acertada.


Fonte: Revista História das Religiões -  Ano 2 -  nº 2.




Um comentário:

Georges disse...

Interessante. Também postei matéria sobre o assunto em meu blgo (Doa a quem doer, http://doa-a-quem-doer.blogspot.com/2010/03/santo-sudario-reliquias-catolicismo.html). Visite e deixe lá sua opinião. O importante de tudo isto é dizer que Jesus é maior que qualquer relíquia que exista ou que venha a ser descoberta: nossa fé não depende de provas físicas ou materiais. Bem aventurado aquele que não viu, e creu.