23/02/2010

QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS A UM DISCIPULADOR.

(Texto base: Êxodo 18:21 e 22.)

Quando o povo de Deus saiu do Egito, cerca de 3 milhões de pessoas, foi liderado por Moisés até chegar ao deserto Refidim. Moisés tinha uma tarefa muito grandiosa em relação ao povo: instruir a todos. Mas Moisés era um só e o povo era mui numeroso. Nesse momento, Jetro, sogro de Moisés, ao visitar-lhe, deu a ele uma sugestão para dinamizar e tornar mais eficiente a liderança sobre aquele povo: Delegar funções.


“E aconteceu que ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde amanhã até a tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isso que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde  a manhã até a tarde? Então, disse Moisés a seu sogro: É por que este povo vem a mim para consultar a Deus. Quando tem algum negócio, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis. O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo”.

Lendo atenciosamente esse texto, podemos constatar que o líder do povo de Deus estava com um grande problema. Moisés estava cansado, estava fatigado e a presença do povo já o estava incomodando. Muitas coisas já haviam acontecido. Já tinham passado juntos pelas Dez Pragas, já tinham experimentado a mão de Deus no Mar Vermelho, já haviam comido do Maná enviado por Deus, mas o povo era rebelde. Murmuravam contra Moisés e contra Deus. Talvez ele tivesse vontade de abandonar aquele povo, ir ficar com a sua família, com sua esposa, com seus filhos, mas o povo não lhe dava um minuto de descanso: vinham consultar a Moisés sobre todos os seus problemas. Percebe-se que Moisés dá um castigo ao povo, talvez com a intenção de fazer com eles fossem para as suas cabanas e ele pudesse descansar. Mas o povo precisava ouvir Moisés. Assim também os nossos discípulos precisarão que estejamos presentes, que estejamos por perto para ouvi-los e ajudá-los.

Por esse texto vemos o que muitas vezes é comum em muitas lideranças. As pessoas estão cansadas dos seus discípulos. Querem ir descansar, ir para as suas casas ficar com suas famílias. A pior coisa que um líder pode fazer é estar desestimulado de sua liderança. Moisés estava assim. O Povo não correspondia às suas expectativas. Talvez ele preferisse estar no campo, apascentando ovelhas a estar liderando aquele povo rebelde. Quando o líder está desestimulado da sua liderança, ele começa a culpar os outros. Moisés disse que o povo estava em pé aquele tempo todo, porque precisavam dele para tudo. Ele queria que o povo tomasse suas próprias decisões, porque estava cansado. É assim mesmo que fazemos muitas vezes com nossa liderança: estamos jogando a toalha. Já que nossos discípulos não nos correspondem, queremos abandoná-los.

Quando estamos desestimulados de nossa liderança, Deus nos dá uma estratégia. Deus faz isso porque nos conhece, sabe de nossas fraquezas e, como nosso discipulador, sabe que precisamos dele para prosseguir. Ele o faz numa ordem certa. Vejamos:


1. Primeiro ele nos envia alguém para nos observar.


Deus viu que Moisés já estava quase desistindo do povo, viu que ele estava estressado, por isso era necessário dar um jeito para aliviar a carga de Moisés. Ele precisava ser analisado, para que fosse constado o motivo do problema. Por isso, Deus enviou Jetro. O interessante é que Deus não enviou qualquer pessoa, mas enviou a família de Moisés. Ao ver a família Moisés se alegrou (Êxodo 18: 6 e 7). Quando Moisés pôde estar com a sua família, conversar com seu sogro, ele pôde ser avaliado por Jetro. Moisés contou-lhe tudo. A Bíblia não relata, mas podemos depreender das entrelinhas que Moisés tenha desabafado com seu sogro. Talvez tenha contado do seu cansaço, das murmurações do povo, de sua rebeldia. Nesse momento , Jetro podia ter um panorama do que estava acontecendo. Na verdade, o maior problema de Moisés não era o povo, mas ele mesmo.

Quando Jetro percebe a situação, viu que Moisés precisava de uma solução rápida. E a solução era subtrair o problema.

Quando enfrentamos problemas com nosso discipulado, precisamos que alguém que esteja de fora da situação nos avalie. Precisamos conversar com alguém que entenda do assunto, a fim de que encontremos alguma solução. Muitos discipuladores estão tão desestimulados com sua liderança, que já nem procuram mais ajuda, desistem de ser líderes, abrem mão do chamado de Deus em suas vidas.

Aqui aprendemos um princípio importante: o discipulador, o líder, precisa estar pronto para ouvir, para receber uma orientação. É comum, em algumas lideranças, a dificuldade de ouvir a opinião de outras pessoas. O discipulador não é dono da verdade e não tem todas as respostas, por isso precisa, também, saber ouvir, parar para escutar e analisar a sua postura como líder.





2. Temos a constatação do problema.

Depois de avaliado por Jetro, Moisés teve a constatação do problema. Seu sogro não usou de meias palavras, foi direto ao ponto. Ele disse que Moisés estava errado, que precisava mudar de estratégia. (Êxodo 18: 17).

Se estivermos desanimados com nossa liderança, é porque, certamente, existe um problema que nós não estamos percebendo. Por isso precisamos que alguém o identifique para nós. Algumas vezes precisamos ouvir verdades que doem. Tem gente que só quer ouvir elogios, mas não quer a constatação do problema, aí fica vivendo uma liderança sem sucesso, não consegue mais influenciar as pessoas, fica fatigadas e acaba morrendo no meio do caminho.

Todo líder, quando está com um problema em sua liderança, tende a errar, se não for bem orientado.

No Éden, percebemos que Eva estava fatigada. Talvez estivesse se sentindo inútil  e, por isso, saiu para dar uma volta pelo jardim e foi tentada por leviatã. No versículo 6, do terceiro capítulo de Gênesis, vimos que Eva    “estava vendo que o fruto da árvore era bom”. Eva ficou ali observando o fruto, porque estava cansada de não fazer nada, estava fatigada e por isso deu ouvidos à voz de Leviatã.

Uma outra mulher que enfrentou situação semelhante de cansaço de liderança foi Sarai. Estava com fatiga pela espera do seu filho. Talvez ela sentisse que aquilo que Deus havia prometido não fosse acontecer e isso fez com que o cansaço de esperar e a fatiga batessem à sua porta, por isso Sarai cometeu um erro do qual se arrependera pouco depois. (Gênesis 15; 16)

3. Recebemos a estratégia de Deus.

Depois de encontrar o problema de Moisés, Jetro lhe apresenta uma solução. Jetro percebera que o problema de Moisés era que ele estava cansado, por isso deu a sugestão de aliviar  as suas cargas. O sogro de Moisés percebia que se Moisés dividisse seu trabalho, ele certamente lideraria com mais eficiência.

Mas Jetro também sabia que não era qualquer um que podia aliviar as cargas de Moisés. Era necessário ter certas características para poder liderar paralelamente a Moisés, para que os líderes falassem a mesma língua.

Aqui notamos um outro problema muito comum no discipulado: confusão de línguas. Quando estamos liderando para os lados, de acordo com o livro “O líder 360º” do Dr. John Maxuel, precisamos atentar para o fato de que devemos estar em contato direto com o nosso líder. Ser discipulador é liderar no escalão médio da Igreja, isto é, influenciar em todas as direções. Se o discipulador não falar a mesma língua de seu líder, certamente, ambos terão problemas. Jetro entendia muito bem disso, por isso descreveu no versículo 21 do capítulo 18 do livro de Êxodo, as características necessárias àqueles que liderariam o povo junto com Moisés.

PRIMEIRA CARACTERÍSTICA

“... E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes”. (Êxodo 18:21)

Aqui Jetro apresenta a Moisés a primeira característica de um discipulador de excelência: ser capaz. Homens capazes não são aqueles que têm títulos de MBA, Doutorado ou qualquer outro título, são homens que fazem bem aquilo que lhes foi passado. Aqui Deus estava usando o sogro de Moisés para lhe apresentar que tipo de discipulador ele precisa: homens que sejam capazes de fazer a diferença. Cumprir aquele papel que lhe foi dado não é muito difícil. Mais difícil ainda é fazer além do que lhe foi pedido com eficiência e eficácia. Isso é ser um líder de sucesso. Moisés deveria procurar homens que soubessem bem o seu ofício.

Quando um discipulador não está preparado para ser líder ele causa um verdadeiro estrago na Igreja. Um discipulador precisa ter em mente o que ele tem de fazer. E o que um discipulador tem de fazer? Jesus responde:

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando –as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando – as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (·Mateus 28: 19-20).

A responsabilidade do discipulador é ensinar. Para ensinar você precisa aprender de Deus e para aprender de Deus você precisa temer a Deus. Por isso, Deus apresenta a 2ª característica para um discipulador de excelência:

SEGUNDA CARACTERÍSTICA:

“...E tu, dentre todo o povo, procura homens tementes a Deus...”(Êxodo 18:21)

Em Provérbios 9:10 está escrito:

“O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria”.

Em outras palavras: se você quer ser sábio, tema ao Senhor.

A Bíblia, ainda se referindo ao temor a Deus diz :

“O temor do SENHOR é fonte de vida para evitar os laços da morte” (Provérbios 14:27).

O que é temor? Segundo os dicionários, temer é o mesmo que zelo, reverência, medo, respeito profundo, admiração. Temer a Deus então significa:

a) ter medo -  Medo de andar longe da Sua Palavra, de fazer algo fora da vontade do Pai:

“.... Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência” (Provérbios 28:28).


Alguns homens na Bíblia experimentaram este tipo de temor:

* Davi -  No salmo de número 51, Davi  escreve:

“ Purifica –me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve.”
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. (Salmo 51: 7 e 10).


b) Respeitar e conhecer a Deus. O temor é, em todo tempo, sinônimo de sabedoria. Só existe uma maneira de conhecermos a Deus: A Bíblia. Se você não a ler, estudar minuciosamente, reservar tempo para isso, você nunca vai aprender de Deus. Tem gente que só lê a Bíblia na Igreja, não procura tirar um tempo para Deus em suas casas, por isso vivem confundidos. Quando você conhecer a Deus temê-lo-á por causa de sua Grandeza, Majestade e Soberania.

c) Zelar pelas coisas de Deus. Tem gente que quando vai à igreja, parece que não sabe onde está. A casa de Deus é lugar de adoração, de louvor, de estar com Deus. Não é lugar para se namorar, para grudar chiclete na cadeira e nem jogar papel de bala no chão. Em Gênesis 2:15 Deus fala sobre isso com Adão e Eva. Veja:

“... e tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”.

 Esse versículo me faz refletir sobre muitas cosias que vemos na igreja e em muitos crentes. O versículo 15 do capítulo 2 de Gênesis diz que a finalidade de Deus ao colocar o homem i.e a mulher no Jardim do Éden era que eles:

a) Cultivassem-no  - Cultivar ou lavrar é dar fruto, produzir, ser útil. Sobre isso, Jesus disse que

“toda vara em mim que não dá fruto, é cortado e lançando para ser queimada”. (João 15:2)

Conheço muitas pessoas que vão à igreja somente para assistir ao culto e não para assistir o culto, isto é, só querem receber, mas não querem ofertar (e não me refiro somente a ofertar dinheiro ou outros bens, mas também ofertar seu tempo para Deus e para seus discípulos, ofertar seu conhecimentos, seus talentos e suas habilidades), não produzem nada. Deus nos chamou para sermos prósperos, para darmos frutos, mas há pessoas que gostam de ser parasita: só querem se alimentar daquilo que os outros lhes dão. Isso também é uma verdade no mundo secular: é necessário trabalhar para se conquistar algo. Uma vez, eu conversava com uma pessoa que me disse ter muita vontade de fazer uma faculdade, mas que não tinha condições de pagar uma. Perguntei a ela o que ela estava fazendo para isso acontecer e ela disse que estava esperando Deus tocar no coração de um irmão que tivesse mais dinheiro que ela e pagasse-lhe o curso. Eu quase chorei quando ouvi isso, mas disse –lhe que enquanto ela não corresse atrás e não buscasse, nada aconteceria. Para ganharmos algo de Deus, nós precisamos produzir algo para Deus.


b) Guardassem-no -  Guardar o Jardim do Éden é uma outra finalidade de Deus para o homem, Deus queria descer no fim da tarde para bater aquele papo com Adão, mas queria encontrar um lugar limpo, bem arrumado, cheiroso. Afinal, foi assim que ele construiu tudo: com a máxima excelência. Podemos comparar o Jardim do Éden à casa de Deus.  O Éden era o lugar onde Deus descia para se relacionar com o homem, para ter um diálogo com ele. Deus havia feito um lugar bonito, prazeroso de estar, um lugar agradável. Isso me faz pensar no tratamento que damos à  casa de Deus. Tem  gente que não se preocupa se a igreja está precisa de uma pintura, se há uma luz queimada. Precisamos mais atentar para a casa de Deus. Por isso Salomão queria construir um palácio para Deus.

... Porque dizia Davi: Salomão, meu filho, ainda é moço e tenro, e a casa que se há de edificar para o Senhor se há de fazer magnífica em excelência, para nome e glória em tidas as terras; eu, pois, lhe prepararei materiais. Assim preparou Davi materiais em abundância, antes da sua morte.” (I Crônicas 22:5)



TERCEIRA CARACTERÍSTICA;

“... e tu, dentre todo o povo, procura homens de verdade...” (Êxodo 18:21)

No versículo 21 do capítulo 18 de Êxodo, Deus faz uma apresentação em sentido anticlímax das características necessárias a alguém que queira liderar como discipulador.

A terceira característica vem antes da 2ª, já que homens de verdade, são homens que têm experiência com Deus e que conhecem a Palavra. Pessoas instruídas na verdade, são pessoas que temem a Deus, pois “o temor do Senhor é o princípio da Sabedoria...” (Provérbios 9:10).

O temor do Senhor vem em decorrência da capacidade de fazer, da vontade de fazer, daquilo que você sabe sobre Deus. Isso significa dizer que Deus está procurando homens disponíveis para a sua obra. Se você quer ser um discipulador, mas não encontra tempo, precisa rever sua agenda.

QUARTA CARACTERÍSTICA

“...E tu, dentre todo o povo, procura homens que aborreçam a avareza...”(Êxodo 18:21)

Essa última característica é, na verdade, a primeira exigência que Deus faz a um líder de excelência. O discipulador não pode ser apegado à riqueza, caso contrário incorrerá no erro de amar mais o dinheiro do que a Deus. Isso mostra o que Deus quis dizer quando falou que a sua honra ele não divide com ninguém.

Portanto, poderíamos organizar as 4 características que Deus exige de um discipulador da seguinte forma:

1º-  Não seja avarento.

A primeira coisa que Deus exigia na equipe de Moisés era que ele escolhesse homens que “aborrecessem a avareza”. Isto significa, homens que não tinham amor ao dinheiro. Ser avarento é ter amor em excesso ao dinheiro. É colocar o seu tesouro no dinheiro ou nos bens que tem. Por isso Jesus ensinou àquele jovem que  veio lhe perguntar como poderia herdar a salvação a vender tudo quanto tem e dar aos pobres e  segui-lo. Note-se que vender e dar aos pobres não é encerra o processo. É necessário ainda, seguir a Jesus. Um discipulador que queira marcar a sua geração com uma liderança eficaz precisa estar livre das amarras da ganância, da fome por posição, por status social, pelo reconhecimento dos outros. O que Deus estava dizendo é que para serem discipulador os homens deveriam se desgarrar de suas amarras, de suas cadeias. Enquanto escrevo, fico pensando quantas não são as nossas amarras. Quantas são as coisas que nos causam medo, que quase nos fazem desistir? Um discipulador eficaz precisa aprender a resolver essas questões, se libertar da avareza.



2º -  Seja um homem cheio da verdade de Deus.

Se não formos homens cheios da Palavra de Deus, não podemos liderar com eficiência. Jesus disse:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao pai senão por mim”. (João 14: 6).

Em João 1:1, diz que

“No princípio era o verbo i.e a palavra, e  o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.”

Entende-se, portanto, que precisamos estar cheios de Jesus, conhecer seus ensinamentos, viver suas palavras, andar na trilha da vontade de Deus. É impossível a alguém que queira ser um discipulador, não estar cheio da Verdade. Seus discípulos querem ouvir palavras que aumentem a fé deles, pois a Palavra diz que a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus. Logo, se você quer ter fé, ouça a palavra de Deus. Se você quer que seus discípulos tenham fé, ensine-os a Palavra de Deus.

3º - Seja um homem temente a Deus.

O que faz de você um homem temente a Deus é o conhecimento que você tem dele.

“Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência” (Provérbios 28:28).

Aprenda de Deus, seja experimentado da Palavra, da vontade boa,  agradável e  perfeita de Deus e você aprenderá a temê-lo.

4º - Seja capaz de ser um discipulador

Antes de Deus exigir capacidade dos discipuladores, Deus exige conhecimento. Essa ordem vem em último lugar, mas não é por isso menos importante que as outras, antes ela é complementada pelas outras. Por que Deus exige isso de alguém? Porque é muito triste quando você uma pessoa faz algo que para o qual não se preparou. Deus é um Deus de excelência, ele quer o seu melhor. Tem gente que pensa que porque é para Deus, pode fazer as coisas de qualquer forma. Quando analisamos a história da Criação, percebemos que Deus fez tudo e ao acabar de fazer cada coisa, ele via, observava e declarava que era bom.

“E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom” (Gênesis 1:12)

Sabe o que isso significa? Significa que quando fizermos isso para Deus, temos de parar e ver se realmente demos o nosso melhor. Por isso você precisa ser capaz de fazer bem aquilo que disse que faria para Deus. Sempre que Deus fazia algo na Criação, ele parava um tempo e refletia e via que tudo era bom, ou seja, era aquilo mesmo que ele queria fazer, tudo saía como ele havia planejado. No mundo secular, sabemos que ninguém nasce pronto para fazer nada, por isso temos de aprender as coisas. E só  há uma forma de aprendermos: estudando. Algumas pessoas acham que porque têm um chamado de Deus em sua vida, Deus resolverá todos os seus problemas para que façam a obra do Pai. Mas não é bem assim não.  Moisés tinha um chamado muito específico para a sua vida, mas teve de se preparar para conseguir liderar o povo de Israel. Por isso você, como discipulador precisa estar preparado, estar sempre crescendo, estar em comunhão com outros discipuladores, para aperfeiçoar a sua liderança.


Vimos, lendo  o final da perigrinação do Povo pelo do deserto, que aqueles homens escolhidos por Moisés no deserto de Refidim lhe foram de muita utilidade,  (Josué, por exemplo, se tornou, depois da morte de Moisés, o líder do povo) por isso podemos perceber que eles tinham grande influência com o povo e com Moisés. Um homem que queira ser um discipulador precisa saber influenciar, isso vai demonstrar a sua capacidade para liderar.

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