27/02/2010

Decida ser um discipulador




Duas atitudes formam um discipulador: decidir ser líder e deixar que alguém o forme. É preciso se predispor, deixar-se tocar por Deus e deixá-lO agir.

Somos criaturas de toque. Precisamos ser tocados para haver libertação e cura. Quando estamos formando pessoas, precisamos ser acessíveis a elas. Nesse relacionamento não perdemos autoridade, conquistamos uma equipe.


O discipulador que consegue êxito com os seus 12, evita muitos problemas e resolv outros tantos. Para formar os 12 é preciso entender que levará tempo e dispensará um certo investimento. É claro que tudo isso sem falar na paciencia que o lider deve ter.


Os 12 só serão 12 quando forem 1. Enquanto não forem assim, não serão nada. A reunião dos 12 é uma reunião de formação, informação e caráter. Os 12 são servos voluntários e não empregados. São chamados por Deus para uma grande obra.

Se a equipe ama o líder, então líder e discipulos tornam-se fortes aliados. O crescimento só é ministrado diante do modelo instalado. Os 12 são o modelo que administra o crescimento.

Abraão foi chamado por Deus para ser líder de êxito, de excelência, para formar uma nova geração, um novo povo e ser um modelo de fé, pois, sem nenhum referencial anterior, ouviu a voz de Deus e obedeceu.

O discipulador deve ter a identidade de Abraão e deixar os costumes que o pai da fé também deixou. Abraão ouviu a voz de Deus, deixou sua parentela e o paganismo, e deu as primeiras demonstrações de fé.

A chamada específica foi: sai da tua terra, da tua parentela, do paganismo e vai rumo a uma terra prometida, enfrentando todos os obstáculos e desafios do deserto. Os desafios do deserto são grandes e Abraão os conhecia muito bem. Frio, fome, calor, sede, necessidades fisiológicas expostas, esses eram alguns desafios que ele teria de enfrentar.

Apesar disso, a Bíblia diz que Abraão entrou na chamada, mesmo com seu caráter desajustado, comandado por Sarai, que era mandatária. Antes de se tornar Abraão, chamava-se Abrão, e tinha uma identidade confusa, dependente da direção de Sarai decorrente da cultura sumeriana, que era matriarcal.

Deus levantou a necessidade de ajustar essas coisas. Assim como Abraão, você tem uma chamada para entrar na terra prometida, mas precisa aprender a lidar com os desafios do deserto.

A Visão Celular e o processo do discipulado são uma ferramenta poderosa para galgarmos o êxito. Possuímos territórios internos e externos. Se mantivermos acesas e vivas as ferramentas da nossa vocação, teremos êxito em todas as áreas da nossa vida.

A chamada genuína e verdadeira é provada por Deus. As ferramentas precisam ser primeiro trabalhadas por dentro e depois por fora. Qualquer território externo só será conquistado quando o território interno estiver trabalhado. Não podemos conquistar nada permanente por fora se não conquistarmos por dentro. Quando não nos conquistamos internamente, voltamos para o Egito.

Quando Abraão entendeu seu chamado, saiu do Egito. Quanto mais desceu para o Egito, mais mostrou seu caráter difícil: estava acompanhado por um homem que Deus não mandou: Ló. Induziu Sarai a mentir para todos, dizendo ser sua irmã.

O mau caratismo de Abrão o levou a fazer coisas erradas. Quando reforçamos o mau-caratismo de Abrão em nossas vidas, abrimos brechas para Satanás. Conservamos até hoje as síndromes dos maus costumes que haviam no Egito.

Se somos descendência de Abraão, e a Bíblia diz que somos, precisamos quebrar a raiz maligna de Abrão. O nosso verdadeiro Egito pode ser a nossa própria residência, conforme as nossas atitudes.

Deus é maravilhoso. E, assim como vc pode criar seu próprio Egito, também pode sair rumo à Canaã. Ir ao Egito é ficar escravo do próprio ego. Isso é herança de Faraó, que não se importou com as pragas, vendo o Egito destruído e, por capricho, não queria libertar os hebreus.

Guardamos muitas pragas dos nosso pais e não queremos ou não tentamos nos libertar delas. O nosso próprio e verdadeiro Egito é criado por nós mesmos. Faraó não chamou a Abrão para entrar no Egito. Ele foi sozinho, com suas próprias pernas. A tradição pode ser um Egito.

O Ego

O ego muitas vezes é confundido com temperamento ou com caráter. Às vezes ficamos em um deserto preferencial, imaginário, psicótico, uma enfermidade da alma.

Há uma ordem para quem sai do Egito: entrar em Canaã. Não há ordem para ninguém permanecer no deserto. Somente os rebeldes ficam no deserto. Essas atitudes, às vezes, são vistas como atitudes de criança.

Precisamos acordar e entender que temos a mente privilegiada, a mente de Cristo para curar as enfermidades da nossa alma.

Para sair de um deserto e entrar na terra, precisamos de um Josué (Yeshua), tanto interna como externamente. Temos Yeshua dentro de nós para conquistar a terra interior, mas, precisamos de um líder para conduzir o povo à conquista do território externo.

A linguagem que recebemos é suficiente para entrarmos na terra. Como discipuladores e discípulos de excelência, não podemos tolir as pessoas, impedi-las de conquistar o território. Devemos incentivá-las a seguir em frente.

O Egito, literalmente, significa escuro, trevas, depressão, escravidão, declínio, falso poder, ostentação de grandeza. O Egito pode ser abolido da sua vida por uma decisão. Mas, ainda assim, você pode ser seduzido a voltar ao Egito quando as dificuldades chegarem.

Ha um dito popular que diz: O desesperado não escolhe porta. Ele entra na primeira que abrir. Precisamos ser condutores do bom estímulo, pois, quanto mais estimulados formos, mais produziremos.

Na teologia, o Egito é conhecido como o lugar de batalha, de guerra, de luta para sobreviver. Egito é disfarce de relacionamento. Quando firmamos aliança com o Egito, tudo que construímos cai. No conceito bíblico, o Egito é trevas.

Um sacerdote que viveu no Egito

Ofni tinha como nome Egito: cegueira, imoralidade, desequilíbrio, desobediência, filho da escuridão. Ofni era um homem contrário à rota de Deus (segundo J. Almeida). Era filho de Eli, um sacerdote omisso, e um sacerdote omisso conserva o Egito dentro da sua casa.

Eli era um homem sem visão espiritual e desobediente. Quem perde a visão espiritual e não obedece coloca o Egito dentro de casa, e, como conseqüência, a glória de Deus sai. Quando a vida de Deus vai embora da vida do sacerdote, este morre.

Chegou a hora de voltarmos para a frente da arca. Mais de 30% da população do Egito vive na cidade dos mortos, dentro das catacumbas, adorando os mortos. Somos filhos do Deus vivo. Há um legado de vida e nao de morte sobre nós.

Há um costume forte de culto aos mortos no Egito, daí este nome significar cemitério. Podemos estar num vale de ossos secos dentro do disipulado, se não vigiarmos. Chegou a hora de romper com o deserto. O discipulado tem que ser avivado com a glória de Deus, pois, o povo é atraído pela Sua glória.

Conseqüências de entrar no Egito

1. Ficar debaixo dos céus da mentira

Todos os que entram no Egito ficam debaixo de céus de metira. O engano e a mentira impedem a prosperidade e levam à perda total do que a pessoa tem.

2. Entregar a herança nas mãos de Faraó

Quando Abraão entrou no Egito fez negociações que não agradou a Deus. Como filhos de Deus, os nossos princípios não podem ser negociados. Abrão entregou Sarai para Faraó.

3. Colher problemas por causa das alianças do Egito

Abrão recebeu Agar, uma escrava egípcia, como recompensa de Faraó. Este havia tomado Sara, por isso deu um presente a Abrão como aliança entre ambos. A peregrinação nos permite um descanso, mas não autoriza a permanência. Abrão não deveria ter permanecido no Egito.

O que leva o homem ao pecado não é caminhar no deserto e, sim, permanecer nele. Do Egito veio Ismael, o filho da desobediência de Abrão com Agar. Mais tarde, Ismael se tornou inimigo de Isaque, o filho da promessa. Todo filho do Egito se torna inimigo do filho da promessa.

A quem pertence a nossa descendência

Abraão gerou Isaque, o filho da promessa. Mas Abrão também gerou Ismael, a herança do Egito. Podemos concluir que a descendência de Abrão gera filhos do Egito. A de Abraão, filhos da promessa.

Quem faz parte da descendência de Isaque, tem paz. Quem faz parte da descendência de Ismael é filho do Egito e significa que pode ser negociado.

Precisamos vencer três aspectos dos filhos do Egito

1. O espírito do engano;

2. O espírito ameaçador da nossa herança;

3. O espírito zombador do nosso irmão.

Zombaria, na Bíblia, conduz ao inferno (Mateus 5). Devemo-nos unir a uma só herança, a de Abraão. Não nos compete mais a mentira, o engano e a zombaria. A herança de Abraão é a herança da verdade. Dentro de nós reside o Deus de Abraão. Por isso, temos muitos motivos para ajudar o nosso irmão.

Como galgar uma herança de êxito

Para galgar uma herança de êxito é necessário deixar todo saudosismo do Egito. Abraão voltou ao lugar do pacto com Deus, ratificando a sua aliança, dando as costas ao Egito e partindo para a terra prometida.

Precisamos lembrar diariamente da aliança que temos com o Pai. Abrão andava pela própria vista. Abraão andava pela fé. Fora da aliança andamos no natural, no tangível, no palpável. Dentro da aliança andamos no sobrenatural, na fé. Devemos andar por fé e não por vista (II Coríntios 5:7).

A conseqüência de andar nos céus de Jerusalém

1. O êxito, o florescer.

2. Entrar nos céus da verdade. Jerusalém é a sede da verdade.

3. Recobrar a herança de Abraão e não negar as promessas a que se tem direito.

4. Deixar Ur dos caldeus, deixar de compartilhar com Ló e não andar com Isamel.

5. Resgatar a identidade de filhos de Abraão e abortar os sintomas de agarenos de nossa vida.

Galgaremos o discipulado de êxito que foi fundamentada no alicerce inconfundível da nossa aliança com Deus. Podemos andar juntos aos nossos discípulos toda vida, mas, precisamos ter a consciência profunda da nossa aliança com Deus.

Precisamos conhecer e reconhecer o território onde Deus quer que armemos a nossa tenda. Quando fazemos a tenda no lugar certo, Jerusalém vem até nós. Abraão conquistou e fez a sua tenda em Manaim. É preciso fortalecer as estacas, as cordas e firmar as tendas.

Enquanto Abraão não fincou a sua tenda, Deus não o fez próspero. O líder de êxito sabe onde está a sua tenda e corre para ela para a fortalecer. Quando faço a minha tenda, os frutos da promessa são conhecidos. Os frutos aparecem debaixo da tenda.

Vamos deixar de ser Abrão e Sarai para nos transformar em Abraão e Sara, gerando os filhos da promessa. Abraão é um homem que atrai a presença de Deus. Somos descendentes de Abraão, por isso atrairemos a presença e a graça de Deus sobre a nossa vida e liderança. Seremos líderes de êxito quando não escondermos que precisamos de de libertação e de cura.

A vitória já nos foi confiada. É hora de tomar posse de tudo o que Deus nos entregou. Ele tem o melhor para nós e para o Seu Reino que nao terá fim.


Fonte: Redação do MIR, no site do Apóstolo Renê Terra Nova
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