08/10/2010

Estudando a Bíblia livro por Livro: O LIVRO DE ÊXODO

O LIVRO DE ÊXODO

Tema: Redenção
Autor: Moisés
Data: Cerca de 1445 – 1405 a.C.

O livro de Êxodo dá sequência à narrativa de Gênesis. Seu título deriva da palavra grega exodos, significando partida ou saída. Refere-se à poderosa libertação de Israel da escravidão do Egito, e à sua partida daquela terra, como povo de Deus.
O ÊXODO é o segundo livro da Bíblia e do Pentateuco. Na Bíblia Hebraica recebe o título de Shemôt, isto é, “Nomes”, de acordo com o hábito judaico de intitular os livros a partir das suas palavras iniciais: “We’elleh shemôt” (= «E estes são os nomes dos filhos de Israel que vieram para o Egipto»: 1,1). O título de ÊXODO provém da versão grega dos Setenta, que procura dar a cada livro um título de acordo com o seu conteúdo. Neste caso, privilegia os 15 primeiros capítulos, pois é aí que propriamente se descreve o “Êxodo”, isto é, a “saída” dos israelitas do Egito.
Este léxico tem a ver prevalentemente com os grupos recalcitrantes que Moisés “fez sair” do Egito pela “estrada do deserto”; mas, dada a importância determinante de Moisés, dos seus grupos e das suas experiências para a constituição de Israel e a formação da Bíblia, o seu léxico torna-se patrimônio comum, podendo expressar também as “libertações” de outros grupos da “opressão” do domínio egípcio.

PROPÓSITOS
O segundo livro bíblico foi escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito e organizado como a sua nação escolhida. Pelos mesmos atos divinos, Israel recebeu a revelação escrita do concerto entre Deus e aquela nação;

PANORAMA

Êxodo inicia com a descrição do sofrimento dos descendentes de Jacó no Egito, com a opressão, escravidão e infanticídio, e termina com a presença, o poder e a glória de Deus manifestos no Tabernáculo  no meio do seu povo, já liberto, no deserto.

EM ÊXODO, TEMOS:

I.                   Israel no cativeiro – caps. 1e2
a)      A opressão de Israel -  cap. 1
b)      O nascimento de Moisés -  2.1-4
c)      A adoção de Moisés – 2.5-10
d)     O zelo precipitado de Moisés – 2.11-14
e)      A fuga de Moisés – 2.15
f)       O casamento de Moisés – 2.16-22

II.                 Israel redimido – caps. 3-15
a)      A chamada e a comissão de Moisés – 3.4-28
b)      A partida para o Egito – 4.24-31
c)      O conflito com Faraó  caps. 5 e 6
d)     As pragas -  caps. 7-11
e)      A páscoa -  cap. 12
f)       A partida do Egito -  cap. 13
g)      A travessa do mar Vermelho -  14:15-21

Era propósito de Deus ter um povo cujo testemunho ao mundo seria: “salvo pelo poder de Deus”. Ele desejava que Israel não se esquecesse disso, mesmo quando viessem a opressão e a provação. Deus queria que Israel compreendesse que “a salvação vem do Senhor”.

DEUS ENDURECEU O CORAÇÃO DE FARAÓ

Essa frase tem suscitado dúvidas e questionamentos. Questiona-se por que Deus endureceu o coração de Faraó para depois o castigar por isso. Mas é importante lembrar que faraó já tinha endurecido o seu próprio coração. (Ex 8.15-32). Deus endureceu o coração de faraó da mesma forma como o Evangelho endurece o coração daqueles que o rejeitam. Para alguns, o Evangelho resulta em salvação. Para outros, porém, em morte. (II Co 2.15 e 16)

III.             Israel viaja ao Sinai -  caps. 15-18
a)      Israel nas Águas de Mara -  águas amargas -  cap. 15
b)      Israel em Elim -  fontes e árvores -  cap. 15
c)      Israel no deserto de Sim – Deus envia o maná – cap. 16
d)     Israel no Deserto de Refidim -  a rocha ferida; batalha contra Amaleque -  cap. 17
e)      Israel no Sinai -  visita de Jetro -  cap. 18

IV.             Israel recebe a Lei -  caps. 19-23
a)      A subida de Moisés ao Sinai -  cap. 19
b)      Os Dez Mandamentos -  cap. 20
c)      A Lei civil -  caps. 21-23



ASSUNTOS EM DESTAQUE SOBRE A LEI MOSAICA

1.      Por meio de um pacto solene, Israel foi indicado como a nação sacerdotal -  separado de todas as nações, a fim de ser instruído na verdade divina e, finalmente, levar luz a todas as nações -  Êxodo 19:5
2.      Israel era um país regido por uma teocracia, um estado governado por Deus, tendo como base de governo os Dez Mandamentos, que podem ser considerados como a Constituição das Tribos Unidas de Israel. Os mandamentos representam a expressão da vontade de Deus e a norma pela qual ele governa os seus súditos. Para aplicar esse princípio à vida cotidiana do povo, foi acrescentada a lei civil, que estabelecia penalidades e dava instruções para a sua execução.

V.                Israel em adoração -  caps. 24-40
a)      Moisés recebe o modelo do tabernáculo – caps. 24-31
b)      Quebra da Lei - caps. 32-34
c)      A construção do tabernáculo -  caps. 35-39
d)     O tabernáculo erigido – cap. 40
No monte Sinai, Deus e seu povo estabeleceram uma relação especial, uma aliança, onde Deus tornou-se o Deus de Israel e Israel tornou-se o povo de Deus. Para que essa comunhão perpetuasse, Deus ordenou a construção do tabernáculo. (vide modelo abaixo).

Ø  O tabernáculo, no hebraico, “habitação”, era uma espécie de casa de Deus, apesar de Ele habitar em todos os lugares, já que é onipresente.
Ø  A Tenda da Congregação ou Tenda do Encontro era o ponto de contato com o meio de comunicação entre o céu e a terra. ( Ex. 29.42 e 43)
Ø  O Tabernáculo do Testemunho ou Tenda do Testemunho recebeu esse nome devido às duas tábuas da Lei que foram colocadas na arca. Essas tábuas foram chamadas de “tábuas da aliança” ou “tábuas do testemunho”. (Ex 31.18 e 34.29), porque testemunhavam a santidade de Deus e o pecado do homem.
Ø  O Santuário, literalmente, lugar santo, era um edifício separado para a habitação divina.

Por: Anderson Cruz

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