Levítico, o livro das Leis
Autor
O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT e também do Pentateuco, atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.
O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT e também do Pentateuco, atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.
Data
Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente no séc. XV a.C. e a última alternativa no séc. XII a.C.) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI a.C.). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 a.C. O livro descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.
Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.
O terceiro livro bíblico registra como os israelitas foram libertos do Egito, receberam a Lei de Deus e construíram o Tabernáculo, segundo o modelo determinado por Deus e termina quando o Santo vem habitar no tabernáculo recém construído.
Contém as leis que Deus deu a Moisés durante os dois anos entre o término do Tabernáculo (Ex 40:17) e a partida de Israel do monte Sinai (Nm 10:11)
PROPÓSITO
O terceiro livro do Pentateuco foi escrito para instruir os israelitas e seus mediadores sacerdotais acerca do seu acesso a Deus por meio do sangue expiado e para expor o padrão divino da vida santa que deve ter o povo escolhido por Deus.
I. Leis referentes às ofertas - caps. 1-7
Os sacrifícios foram instituídos como meios pelos quais o povo pudesse manifestar sua adoração a Deus.
a) O holocausto significava a inteira consagração a Deus. A palavra hebraica para holocausto significa “aquilo que sobe” para Deus. Era um sacrifício que estava completamente queimado. Nada dele era comido, e então o fogo consumia o sacrifício inteiro.
b) A oferta pacífica, que era comida em parte pelo sacerdote e em parte pelo ofertante, mostrava a comunhão com o seu Deus.
c) A oferta de majares ou de cereais, constituída de farinha, pães ou grãos, representava a oferta de uma dádiva ao Senhor de tudo, em reconhecimento a sua bondade.
d) Por meio da oferta pelo pecado, o israelita manifestava tristeza, ou arrependimento do pecado e o desejo de perdão e purificação.
e) A oferta pela culpa era dada no caso de ofensas que exigissem a restituição.
II. Leis referentes ao sacerdócio – caps. 8-10
Os capítulos 8 a 10 registram a consagração de Arão, seus filhos e a sua iniciação no ofício sacerdotal.
a) As cerimônias da consagração de Arão e seus filhos para o sacerdócio incluíram a lavagem com água, o vestir-se de roupas sacerdotais, a unção com óleo, a oferta e a aspersão de sangue.
b) O capítulo 9 descreve o serviço do sacerdote.
c) O capítulo 10 descreve a falta de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, que em vez de usarem fogo tirado do altar, usaram fogo comum para queimar o incenso. Deus, então, tomando-os como exemplo para a nação, destruiu-os pelo fogo.
III. Leis referentes à purificação - caps. 11-22
A santidade da nação de Israel envolvia:
a) Alimento santo - cap. 11
b) Corpos santos - 12-14.32
c) Lares santos – 14.33-57
d) Costumes santos – cap. 15
e) Santidade renovada anualmente – cap. 16
f) Culto santo – 17.1-16
g) Moralidade santa – cap. 18
h) Costumes e vestuários santos – caps. 19-22
IV. Leis referentes às festas - caps. 23-24
a) Sábado (23.1-3). Esse dia pode ser considerado como o dia da festa semanal dos israelitas, no qual descansavam de todos os seus trabalhos e se reunião para o culto
FESTAS BÍBLICAS
ANTIGO TESTAMENTO | NOVO TESTAMENTO |
PESSACH = PÁSCOA (Lv. 23:5) Festa da Páscoa | REDENÇÃO (I Co. 5:7) |
MATZOT = ASMOS (Lv. 23:6) Festa dos Pães Asmos | SANTIFICAÇÃO (I Co.5:8) |
HABICURIM = PRIMÍCIAS (Lv. 23:9) Festa das Primícias | RESSURREIÇÃO (I Co.15:20) |
SHAVUOT = SEMANAS (Lv.23:15,16) Festa das Semanas | PENTECOSTES (At.2:1; 20:16; ICo.16:8) |
SHOFAROT = TROMBETAS (Lv. 23:24) | ARREBATAMENTO (ICo.15:51,52; ITs.4:16,17) Reagrupamento de Israel |
YOM HAKIPURIM = DIA DA EXPIAÇÃO Dia da Expiação (Lv.23:27) | REDENÇÃO DE ISRAEL (Dn.9:24; Zc.12:10 a 14; Rm.11:26,27) |
SUCOT = TABERNÁCULOS (Lv.23:34) Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita | MILÊNIO (Zc.13:1,2; 14:17,18; Ap.20:1-6; 21:3; Ex.23:16,17; Mt.13:30) |
Fonte: Teologia Sistemática
Direitos Autorais: Luiz Antonio Ferraz, 1997. Sexta-feira, 3 de janeiro de 1997. Última revisão: Quinta-feira, 1º de maio de 1997.
Direitos Autorais: Luiz Antonio Ferraz, 1997. Sexta-feira, 3 de janeiro de 1997. Última revisão: Quinta-feira, 1º de maio de 1997.
V. Leis referentes à terra - caps. 25-27
a) O ano do descanso - 25.1-7
b) O ano do jubileu – 25.8-13
c) Recompensa e castigo – cap. 26
d) Votos.
O ano do jubileu era um ano sabático celebrado de cinquenta em cinquenta anos, a começar do Dia da Expiação. Nesse tempo, dava-se a terra o descanso do cultivo; todas as dívidas eram perdoadas, todos os escravos hebreus eram postos em liberdade e todas as propriedades eram restituídas aos seus proprietários primitivos.
O propósito do jubileu era o de evitar a escravidão perpétua dos pobres e o acúmulo de riquezas pelos ricos e também o de preservar a distinção entre tribos e suas possessões. Foi nesse ano que Cristo proclamou como “o ano da graça do Senhor” (Lucas 4.19) e que Pedro chamou de “tempo em que Deus restaurará todas as coisas” (At 3.21).
Por: Anderson Cruz
Um comentário:
achei o estudo muito interessante e proveitoso.E acho que precisamos aprwender mais de Deus....
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